O machismo dentro dos games
Mulheres de todo o mundo têm lutado contra o machismo intrínseco em nossa sociedade. É muito comum vermos está discussão ser levantada no mercado de trabalho, onde a média do salário das mulheres ainda é menor. Mas você já parou para pensar que o mesmo comportamento está presente nos jogos?
Anita Sarkeesian, uma blogueira/ativista feminista, começou em 2012, através do Kickstarter o seu projeto “Tropes Vs Women: Video Games” (Tropo vs Mulheres: Video Games, em tradução literal. O termo “tropo” se refere, basicamente, ao clichê que não é popular). O projeto apresentado no site de crowdfounding é inspirado em seus trabalhos anteriores no Youtube, onde já lançou diversas pequenas séries sobre o papel da mulher dentro da cultura pop, como em filmes, livros, jogos etc. Inicialmente ela pedia apoio de 6 mil dólares (cerca de 12 mil reais), mas, no final, ela chegou a quase 159 mil dólares (cerca de 320 mil reais) para investir em sua webserie.
Segundo o seu vídeo de apresentação, o objetivo é mostrar o papel da mulher dentro dos jogos de videogame em 5 episódios.
Recentemente a segunda parte deste projeto foi publicada. A página do projeto no Kickstarter ainda está no ar.
Apesar do baixo valor que Anita buscava, a sua premissa era grande e sua luta muito importante para o papel da mulher. Não consigo concordar com todas as questões que são levantadas por ela, mas entendo que a bandeira que ela está levantado se refere ao posicionamento de toda a mídia de entretenimento, não apenas dos jogos. O fato de as mulheres serem representadas dessa forma está longe de ser uma característica apenas dos videogames, mas é um reflexo de toda a indústria do entretenimento, como filmes & cinema, música & videoclipes, etc.
O projeto ainda está em andamento e recentemente foi lançada a segunda parte. Mesmo que você não tenha costume de jogar videogames, confira abaixo os três primeiros vídeos da série:
https://www.youtube.com/watch?v=X6p5AZp7r_Q
https://www.youtube.com/watch?v=toa_vH6xGqs
https://www.youtube.com/watch?v=LjImnqH_KwM
Confira o canal dela: https://www.youtube.com/user/feministfrequency/videos
Qual a importância da mulher no mercado de games?
Inicialmente, quando encaramos essa discussão, o primeiro e mais comum pensamento é de que a indústria de games é machista simplesmente porque boa parte de seu público é composto por homens – não que este fato iria justificar, mas apenas explicar o problema.
Acontece que este pensamento pode ser totalmente errôneo, já que uma pesquisa da ESA (Entertainment Software Association), associação americana que promove estudos e pesquisas relacionados a jogos de videogame e computador, que entre os seus membros tem praticamente todas as grandes empresas do ramo de jogos digitais do mercado, mostrou que 45% dos jogadores são do gênero feminino.
O assunto é muito discutido há bastante tempo, inclusive há na Wikipedia em inglês um artigo que trata exclusivamente sobre a relação entre o gênero feminino e os videogames.
Algumas das causas mais comuns para este problema com o sexismo dentro do mercado de jogos se dá pela falta de mulheres atuando no desenvolvimento destes jogos, seja na parte de construção do enredo, visual ou programação. Este fato com certeza ajudaria a mudar o cenário, mas sozinho não teria o efeito necessário.
Também devemos cuidar um pouco quando falamos sobre isto para não interpretar mal as pesquisas, já que, em geral, o termo “jogador(a)” pode incluir pessoas que jogam Angry Birds no celular, que possivelmente é um público bem diferente de quem compra “Battlefield” ou “The Last of Us” para o seu Playstation ou Xbox.
E você, o que acha do machismo dentro de jogos online?
Mulheres de todo o mundo têm lutado contra o machismo intrínseco em nossa sociedade. É muito comum vermos está discussão ser levantada no mercado de trabalho, onde a média do salário das mulheres ainda é menor. Mas você já parou para pensar que o mesmo comportamento está presente nos jogos?
Anita Sarkeesian, uma blogueira/ativista feminista, começou em 2012, através do Kickstarter o seu projeto “Tropes Vs Women: Video Games” (Tropo vs Mulheres: Video Games, em tradução literal. O termo “tropo” se refere, basicamente, ao clichê que não é popular). O projeto apresentado no site de crowdfounding é inspirado em seus trabalhos anteriores no Youtube, onde já lançou diversas pequenas séries sobre o papel da mulher dentro da cultura pop, como em filmes, livros, jogos etc. Inicialmente ela pedia apoio de 6 mil dólares (cerca de 12 mil reais), mas, no final, ela chegou a quase 159 mil dólares (cerca de 320 mil reais) para investir em sua webserie.
Segundo o seu vídeo de apresentação, o objetivo é mostrar o papel da mulher dentro dos jogos de videogame em 5 episódios.
Recentemente a segunda parte deste projeto foi publicada. A página do projeto no Kickstarter ainda está no ar.
Apesar do baixo valor que Anita buscava, a sua premissa era grande e sua luta muito importante para o papel da mulher. Não consigo concordar com todas as questões que são levantadas por ela, mas entendo que a bandeira que ela está levantado se refere ao posicionamento de toda a mídia de entretenimento, não apenas dos jogos. O fato de as mulheres serem representadas dessa forma está longe de ser uma característica apenas dos videogames, mas é um reflexo de toda a indústria do entretenimento, como filmes & cinema, música & videoclipes, etc.

O projeto ainda está em andamento e recentemente foi lançada a segunda parte. Mesmo que você não tenha costume de jogar videogames, confira abaixo os três primeiros vídeos da série:
https://www.youtube.com/watch?v=X6p5AZp7r_Q
https://www.youtube.com/watch?v=toa_vH6xGqs
https://www.youtube.com/watch?v=LjImnqH_KwM
Confira o canal dela: https://www.youtube.com/user/feministfrequency/videos
Qual a importância da mulher no mercado de games?
Inicialmente, quando encaramos essa discussão, o primeiro e mais comum pensamento é de que a indústria de games é machista simplesmente porque boa parte de seu público é composto por homens – não que este fato iria justificar, mas apenas explicar o problema.
Acontece que este pensamento pode ser totalmente errôneo, já que uma pesquisa da ESA (Entertainment Software Association), associação americana que promove estudos e pesquisas relacionados a jogos de videogame e computador, que entre os seus membros tem praticamente todas as grandes empresas do ramo de jogos digitais do mercado, mostrou que 45% dos jogadores são do gênero feminino.
O assunto é muito discutido há bastante tempo, inclusive há na Wikipedia em inglês um artigo que trata exclusivamente sobre a relação entre o gênero feminino e os videogames.
Algumas das causas mais comuns para este problema com o sexismo dentro do mercado de jogos se dá pela falta de mulheres atuando no desenvolvimento destes jogos, seja na parte de construção do enredo, visual ou programação. Este fato com certeza ajudaria a mudar o cenário, mas sozinho não teria o efeito necessário.
Também devemos cuidar um pouco quando falamos sobre isto para não interpretar mal as pesquisas, já que, em geral, o termo “jogador(a)” pode incluir pessoas que jogam Angry Birds no celular, que possivelmente é um público bem diferente de quem compra “Battlefield” ou “The Last of Us” para o seu Playstation ou Xbox.
E você, o que acha do machismo dentro de jogos online?