
Os ouvidos do grilo da espécie Copiphoragorgonensis, da América do Sul, medem menos que um milímetro, mas mesmo assim funcionam de maneira bem parecida aos ouvidos humanos. Esse inseto pode distinguir diversas frequências de som a longas distâncias. Por exemplo, ele pode perceber a diferença entre o som de outros grilos e o ultrassom de morcegos que o caçam.
Analise o seguinte: Os ouvidos desse grilo estão em suas patas dianteiras. Eles coletam, convertem e analisam a frequência do som, assim como faz o ouvido humano. Mas cientistas descobriram um órgão dentro do ouvido, que só esse inseto possui - uma cavidade preenchida com um fluido pressurizado que parece um balão alongado. Esse órgão, chamado de vesícula auditiva, funciona como a cóclea do ouvido dos mamíferos, mas é muito menor. A vesícula auditiva é responsável pela incrível audição do grilo.
Um professor da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, disse que essa descoberta ajudará engenheiros a "desenvolver aparelhos auditivos bioinspirados menores e mais precisos do que qualquer outro feito antes". Pesquisadores acreditam que isso também vai contribuir para a próxima geração de tecnologia de engenharia ultrassônica, incluindo sistemas de imagens para hospitais.