O que é fascismo?

Bem-vindo!

Ao se registrar conosco, você poderá discutir, compartilhar e enviar mensagens privadas com outros membros da nossa comunidade.

Inscreva-se agora!
Status
Não está aberto para novas respostas.

Tio Marx

Neutro
Entrou
Set 27, 2016
Mensagens
63
Cubos
0
hitlermusso2_edit.jpg



Fascismo



O que é?
Fascismo é uma forma de radicalismo político autoritário nacionalista que ganhou destaque no início do século XX na Europa. Os fascistas procuravam unificar sua nação através de um Estado totalitário que promove a vigilância, um estado forte, a mobilização em massa da comunidade nacional, confiando em um partido de vanguarda para iniciar uma revolução e organizar a nação em princípios fascistas, hostis a todas as vertentes do marxismo, desde o comunismo totalitário ao socialismo democrático.

Os movimentos fascistas compartilham certas características comuns, incluindo a veneração ao Estado, a devoção a um líder forte e uma ênfase em ultranacionalismo, etnocentrismo e militarismo. O fascismo vê a violência política, a guerra, e o imperialismo como meios para alcançar o rejuvenescimento nacional e afirma que as nações e raças consideradas superiores devem obter espaço deslocando ou eliminando aquelas consideradas fracas ou inferiores, como no caso da prática fascista modelada pelo nazismo.

O fascismo tomou emprestado teorias e terminologias do socialismo e aplicou-as sob o ponto de vista que o conflito entre as nações e raças fosse mais significativo, mas também tendo foco em acabar com as divisões de classes dentro da nação. Defendeu uma economia mista, com o objetivo principal de conseguir autarquia para garantir a auto-suficiência, e a independência nacional através de protecionismo e políticas econômicas que intercalam intervencionismo e privatização. O fascismo sustenta o que é, às vezes, chamado de Terceira posição entre o capitalismo e o socialismo marxista.

Influenciados pelo sindicalismo nacional, os primeiros movimentos fascistas surgiram na Itália, cerca da Primeira Guerra Mundial, combinando elementos da política de esquerda com mais tipicamente a política de direita, em oposição ao socialismo, ao comunismo, à democracia liberal. Embora o fascismo seja geralmente colocado na extrema-direita no tradicional espectro esquerda-direita, alguns comentaristas argumentam que a descrição é inadequada.

Benito Mussolini, em A Doutrina do Fascismo, afirmou que o fascismo era uma ideologia de direita.




RBMueller.jpg
Elementos constitutivos
  1. um movimento de massa de adesão multiclasse em que prevalecem, entre os líderes e os militantes, os setores médios, em grande parte, novos na atividade política, organizados como uma milícia partidária, que baseiam sua identidade não em hierarquia social ou origem de classe, mas em um sentido de camaradagem, acredita-se investido de uma missão de regeneração nacional, considera-se em estado de guerra contra adversários políticos e visa conquistar o monopólio do poder político por meio do terror, política parlamentar e acordos com grupos maiores, para criar um novo regime que destrói a democracia parlamentar;
  2. uma ideologia "anti-ideológica" e pragmática que se proclama antimaterialista, anti-individualista, antiliberal, antidemocrática, anti-marxista, mas populista e anticapitalista em tendência, se expressando esteticamente mais que, teoricamente, por meio de um novo estilo de política e por mitos, ritos e símbolos, como uma religião leiga projetada para aculturar, socializar e integrar a fé das massas com o objetivo de criar um "novo homem";
  3. uma cultura fundada no pensamento místico e o no sentido trágico e ativista da vida concebida como a manifestação da vontade de poder, sobre o mito da juventude como artífice da história, e na exaltação da militarização da política como modelo de vida e atividade coletiva;
  4. uma concepção totalitária do primado da política, concebida como uma experiência de integração para realizar a fusão do indivíduo e das massas na unidade orgânica e mística da nação como uma comunidade étnica e moral, a adoção de medidas de discriminação e perseguição contra aqueles considerados fora desta comunidade quer como inimigos do regime ou membros de raças consideradas inferiores ou perigosas para a integridade da nação;
  5. uma ética civil, fundada em total dedicação à comunidade nacional, sobre a disciplina, a virilidade, a camaradagem e o espírito guerreiro;
  6. um Estado de partido único que tem a tarefa de prover a defesa armada do regime, a seleção de seus quadros de direção e organização das massas no interior do estado, em um processo de mobilização permanente de emoção e da fé;
  7. um aparato policial que impede, controla e reprime a dissidência e a oposição, mesmo usando o terror organizado;
  8. um sistema político organizado pela hierarquia de funções nomeadas a partir do topo e coroado pela figura de "líder", investido com um carisma sagrado, que comanda, dirige e coordena as atividades do partido e do regime;
  9. organização corporativa da economia que suprime a liberdade sindical, amplia a esfera de intervenção do Estado, e visa alcançar, por princípios de tecnocracia e solidariedade, a colaboração dos "setores produtivos" sob o controle do regime, para alcançar seus objetivos de poder, ainda preservando a propriedade privada e as divisões de classe;
  10. uma política externa inspirada no mito do poder nacional e grandeza, com o objetivo de expansão imperialista.
  11. Caráter conservador, por mais que, às vezes, faça oposição ao conservadorismo tradicional.




bolsonaro2.jpg
Surgimento e outras características
Marcada pelo nacionalismo, pela militarização dos conflitos e por uma preocupação obsessiva com a ideia de decadência de uma comunidade ou nação. Hostil às formas modernas de democracia, o fascismo recorre a violência, criando um inimigo – interno e/ou externo – que deve ser exterminado para garantir a segurança e supremacia de um grupo considerado superior. Apesar de manifestar algumas variações – a depender da época e do lugar onde aparece – o fascismo apresenta algumas características típicas que se repetem.



O pensamento fascista costuma emergir e ganhar força em contextos de crise – econômica, social ou política –, quando se apresenta como solução radical. Mobilizando os sentimentos legítimos de sofrimento ou injustiça, o fascismo impulsiona e enfatiza a ideia de que o grupo que defende é a grande vítima de uma situação a ser revertida. Como toda vítima tem um algoz, o fascismo aponta um inimigo que deve ser exterminado. No caso do nazismo – forma histórica mais conhecida do fascismo – a vítima eram os alemães brancos e a lista de inimigos era longa, incluindo comunistas, negros, homossexuais, ciganos e judeus. Apelando mais aos fatores emocionais que a argumentação racional, o fascismo encarna uma missão de regeneração nacional que se expressa na figura de um líder extremamente carismático responsável por salvar a nação.







Fontes:



 
De fato Socialismo e Fascismo são dois lados da mesma moeda, ambos compartilham, praticamente, de todos os ideais, com algumas poucas divergências como, por exemplo, no que concerne ao darwinismo social, praticado pelo regime nazista e fascista. Apesar de seu tópico ter sido evidentemente tendencioso houve um certo grau de sinceridade histórica, pelo menos você não apelou à mentiras como assimilar o fascismo, apenas, a ideais de direita (o que por sua vez de nada tem). Mesmo assim não é correto afirmar que o fascismo é uma ideologia conservadora, posto que o conservadorismo, tal como propunha Russel Kirk, é um pensamento desconectado de ideologias, contrário a revoluções e a mentalidade revolucionária.
Se Benito Mussolini realmente afirmou que o fascismo é de direita eu não sei, porém o mesmo também havia dito: "Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado" e em um discurso também declara-se contra a plutocracia ocidental e a favor da luta de classes, em prol do proletariado.

https://www.youtube.com/watch?v=jxAwL52D75g
 
destruidor91 disse:
De fato Socialismo e Fascismo são dois lados da mesma moeda, ambos compartilham, praticamente, de todos os ideais, com algumas poucas divergências como, por exemplo, no que concerne ao darwinismo social, praticado pelo regime nazista e fascista. Apesar de seu tópico ter sido evidentemente tendencioso houve um certo grau de sinceridade histórica, pelo menos você não apelou à mentiras como assimilar o fascismo, apenas, a ideais de direita (o que por sua vez de nada tem). Mesmo assim não é correto afirmar que o fascismo é uma ideologia conservadora, posto que o conservadorismo, tal como propunha Russel Kirk, é um pensamento desconectado de ideologias, contrário a revoluções e a mentalidade revolucionária.
Se Benito Mussolini realmente afirmou que o fascismo é de direita eu não sei, porém o mesmo também havia dito: "Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado" e em um discurso também declara-se contra a plutocracia ocidental e a favor da luta de classes, em prol do proletariado.
https://www.youtube.com/watch?v=ZRCLa-2IhLI
 
*Esta postagem não faz de forma alguma direta ou indiretamente propaganda ou promoção de grupos nazistas, neonazistas ou fascistas. Esta matéria tem como objetivo principal além de uma posição contra tal/tais ideologia(s), trazer o pensamento crítico e o conhecimento aos membros deste fórum*
 
Tio Marx disse:
https://www.youtube.com/watch?v=ZRCLa-2IhLI
Se perseguir marxistas/socialistas configurasse um regime político como de extrema direita, então, poder-se-ia afirmar que Stalin, Mao Tsé-tung, Pol Pot, Fidel Castro/Che Guevara, foram ambos líderes de extrema direita, afinal de contas, Stalin não havia mandado matar e perseguir grande parte dos integrantes da revolução bolchevique, sendo o próprio Trótsky como exemplo de maior destaque.
 
destruidor91 disse:
Se perseguir marxistas/socialistas configurasse um regime político como de extrema direita, então, poder-se-ia afirmar que Stalin, Mao Tsé-tung, Pol Pot, Fidel Castro/Che Guevara, foram ambos líderes de extrema direita, afinal de contas, Stalin não havia mandado matar e perseguir grande parte dos integrantes da revolução bolchevique, sendo o próprio Trótsky como exemplo de maior destaque.
 
destruidor91 disse:
Se perseguir marxistas/socialistas configurasse um regime político como de extrema direita, então, poder-se-ia afirmar que Stalin, Mao Tsé-tung, Pol Pot, Fidel Castro/Che Guevara, foram ambos líderes de extrema direita, afinal de contas, Stalin não havia mandado matar e perseguir grande parte dos integrantes da revolução bolchevique, sendo o próprio Trótsky como exemplo de maior destaque.
Socialismo:

Teoricamente, as ideias socialistas já existiam muito antes de Marx, geralmente tido em Henri de Saint Simon o primeiro a utilizar o termo "socialismo", então, é como se fosse o marco inicial da teoria, mas não necessariamente o primeiro a cogitar tal ideia. Marx, por outro lado, é visto como o expoente, o maior teórico.

Existiram diversas correntes socialistas, que entravam em conflito com frequência, porém, quando Lenin tornou-se vitorioso, ele impõe a sua corrente e denomina "Comunismo", embora ele mesmo afirme que se trate, ainda, de um sistema socialista. Os estudiosos geralmente denominam essa teoria como "marxismo-leninismo", pois é a visão de Lenin da teoria marxista sendo posta em prática.

Neste momento, surgiram duas grandes linhas de pensamento, a Comunista, já dita acima, e a Social-Democrata, que passou a ser denominada "Socialismo". A diferença entre as duas se dá em como assumir o poder, e nas transformações sociais. Enquanto o Comunismo é declaradamente a favor da revolução, para se implantar um sistema Socialista que culminaria no Comunismo, a Social-Democracia defende que não deve existir revolução, e sim, reformulação.

Como as demais linhas ideológicas estavam fadadas ao fracasso, devido à crise no pós-guerra, por toda a Europa, e o Comunismo passou a ganhar força e a insistir em auxiliar revoluções pelo continente. Para contornar isso, os burgueses resolveram aderir à Social-Democracia com a intenção de acabar com qualquer revolução. Com o passar do tempo, essa ideologia, assim como o partido, tornaram-se claramente de direita.

Um fator que podemos apontar como prova da divisão entre os social-democratas e os comunistas, é o de surgir uma Internacional Socialista e uma Internacional Comunista. No caso, tornaram-se grupos rivais e cada vez mais distintos.

Visto que o Socialismo prático é muito diferente do teórico, vou expôr o que seria, em termos gerais, o socialismo teórico:
- Seria a primeira fase do Comunismo, o momento em que o proletariado vence a burguesia após intenso processo de luta;
- Possui resquícios do capitalismo, pois o rompimento não é total;
- Abolição do Estado burguês e imposição da Ditadura do Proletariado;
- De acordo com as próprias palavras de Lênin "Uma sociedade socialista não é uma sociedade livre";
- Visa acabar com a ideia do Estado futuramente (e se tornaria o Comunismo teórico);
- Usa-se de duas ferramentas ao mesmo tempo: o partido político para expôr suas condições, ao lado da ação intensiva do proletariado;
- O Partido deve captar os anseios da massa, fazer uma síntese e, então, traçar a linha de atuação. Esse processo deve ser constante.
- Basicamente, o poder é das massas, e não de quem dirige o Estado.
- Três pilares: organização, disciplina e centralismo democrático.

Vejam que a diferença entre o socialismo prático com o teórico é gritante. Na teoria, o Socialismo seria um sistema que conduziria o povo para o Comunismo, a ausência total do Estado. Na prática, o Socialismo foi uma vertente de direita do Comunismo, que deu origem à Social-Democracia.

Comunismo:

Como dito acima, o termo foi reutilizado por Marx para diferenciar do Socialismo, entretanto, a questão era apenas para que sua obra não fosse taxada como "apenas outro livro socialista", e sim, informando que ele tinha algo a acrescentar. Tanto é que, conforme passa-se a aceitar a similaridade dos termos, até mesmo Marx os expõe como sendo a mesma coisa, apesar de ele mesmo demonstrar uma diferença.

De modo geral, na teoria, o Comunismo seria a fase final do Socialismo. É o último estágio de desenvolvimento humano.

Algumas das características principais que podemos destacar, são:
- Sem divisão de classes;
- Fim do Estado;
- Igualdade entre os homens;
- Fim da propriedade privada;
- Necessário passar pelo Socialismo;
- Objetivo de internacionalizar;

É interessante observarmos a lógica por trás disso. Marx relata que o Estado existe para manter a condição humana, para que cada grupo mantenha-se em seu papel. Logo, como o comunismo prega a igualdade entre os homens, a divisão de classes acabará. Com isso, o papel do Estado é insignificante, fazendo com que ele deixe de existir. A necessidade de passar pelo Socialismo é a impossibilidade de transformar um sistema totalmente voltado ao privado, para o bem comum, sem algo que possa conduzir essa transformação. Por fim, a internacionalização é o objetivo comum, levar a liberdade a todos os povos.

O Comunismo prático tentou colocar essas ideias em prática, principalmente a internacionalização do movimento. A URSS apoiou as mais diversas revoluções pelo mundo. No período da crise entre-guerras, cogitaram apoiar todas as revoluções que estavam prestes a eclodir. O problema se deu pelo fato de esquecerem das condições específicas de cada país. Logo, as revoluções no entre-guerras não foram adiante.

Com o fracasso das revoluções socialistas/comunistas, ocorreu o crescimento dos movimentos fascistas pelo continente, nosso próximo item.

Fascismo:
Com a crise no momento pós-guerra, o povo europeu passou a voltar os olhos aos regimes totalitaristas, pois, além de serem ricamente influenciados pela burguesia, tinham em seus discursos inimigos, os quais precisavam eliminar, e culpavam tais inimigos pelo problema ao qual os cidadãos estavam passando.

Um ponto a ser destacado, é o que Lima afirma: não existiu apenas um fascismo. Existiram diversos. E aqui eu aproveito para destacar alguns: Nazismo, Guarda de Ferro, União Britânica dos Fascistas, Action Française e Ação Integralista.

O Fascismo era algo fundamentalmente nacional, então, cada povo desenvolveu o seu próprio Fascismo. É por isso, também, que não temos uma "Internacional Fascista", pois um dos pontos fundamentais era justamente o nacionalismo extremista. Outros pontos importantes a serem destacados em tal regime:
- Antiliberalismo;
- Anti-Socialismo;
- Antiparlamentarismo;
- Concepção orgânica de Estado;
- Crítica aos partidos políticos;
- Autoritarismo;
- E, é claro, o já falado nacionalismo extremista.

Ao contrário do que muitos pregam, talvez desprovidos de conhecimento, ou por simples mal-caráter, o fascismo não era contra o capitalismo. Pelo contrário, assumiam que o capitalismo deveria existir, só que com uma ressalva: o Estado precisa gerenciar a economia.

Com a possibilidade de revoluções socialistas/comunistas na Europa, os burgueses apoiaram em massa os regimes fascistas, incluindo o próprio Papa, pois era a ideia conservadora do período que estava em maior destaque.

Por fim, é sempre bom lembrar que não existia o "indivíduo" no regime fascista. Os interesses de cada indivíduo eram os mesmos da pátria. Caso isso não acontecesse, o indivíduo desapareceria da sociedade.

Nazismo:
Como visto acima, o Nazismo foi apenas uma vertente do Fascismo, sendo direcionada para a Alemanha. A diferença se dava mais no contexto em que foi inserido, sendo visto como uma revanche alemã. Além disso, a URSS estava com a intenção de realizar uma revolução na Alemanha, então, para contornar isso, os burgueses, proprietários rurais e oficiais do exército apoiaram massivamente o Nazismo.

Hoje é reconhecido que o apoio empresarial foi o fator fundamental para a vitória Nazista, assim como para sua permanência. Como falar sobre o Nazismo seria, em grande parte, falar do Fascismo, então destacarei os seguintes pontos, como fatores exclusivos deste regime:
- Sentimento de vingança/revanchismo;
- Distinções entre pessoas;
- Antissemitismo.
 
Tio Marx disse:
Socialismo:

Teoricamente, as ideias socialistas já existiam muito antes de Marx, geralmente tido em Henri de Saint Simon o primeiro a utilizar o termo "socialismo", então, é como se fosse o marco inicial da teoria, mas não necessariamente o primeiro a cogitar tal ideia. Marx, por outro lado, é visto como o expoente, o maior teórico.

Existiram diversas correntes socialistas, que entravam em conflito com frequência, porém, quando Lenin tornou-se vitorioso, ele impõe a sua corrente e denomina "Comunismo", embora ele mesmo afirme que se trate, ainda, de um sistema socialista. Os estudiosos geralmente denominam essa teoria como "marxismo-leninismo", pois é a visão de Lenin da teoria marxista sendo posta em prática.

Neste momento, surgiram duas grandes linhas de pensamento, a Comunista, já dita acima, e a Social-Democrata, que passou a ser denominada "Socialismo". A diferença entre as duas se dá em como assumir o poder, e nas transformações sociais. Enquanto o Comunismo é declaradamente a favor da revolução, para se implantar um sistema Socialista que culminaria no Comunismo, a Social-Democracia defende que não deve existir revolução, e sim, reformulação.

Como as demais linhas ideológicas estavam fadadas ao fracasso, devido à crise no pós-guerra, por toda a Europa, e o Comunismo passou a ganhar força e a insistir em auxiliar revoluções pelo continente. Para contornar isso, os burgueses resolveram aderir à Social-Democracia com a intenção de acabar com qualquer revolução. Com o passar do tempo, essa ideologia, assim como o partido, tornaram-se claramente de direita.

Um fator que podemos apontar como prova da divisão entre os social-democratas e os comunistas, é o de surgir uma Internacional Socialista e uma Internacional Comunista. No caso, tornaram-se grupos rivais e cada vez mais distintos.

Visto que o Socialismo prático é muito diferente do teórico, vou expôr o que seria, em termos gerais, o socialismo teórico:
- Seria a primeira fase do Comunismo, o momento em que o proletariado vence a burguesia após intenso processo de luta;
- Possui resquícios do capitalismo, pois o rompimento não é total;
- Abolição do Estado burguês e imposição da Ditadura do Proletariado;
- De acordo com as próprias palavras de Lênin "Uma sociedade socialista não é uma sociedade livre";
- Visa acabar com a ideia do Estado futuramente (e se tornaria o Comunismo teórico);
- Usa-se de duas ferramentas ao mesmo tempo: o partido político para expôr suas condições, ao lado da ação intensiva do proletariado;
- O Partido deve captar os anseios da massa, fazer uma síntese e, então, traçar a linha de atuação. Esse processo deve ser constante.
- Basicamente, o poder é das massas, e não de quem dirige o Estado.
- Três pilares: organização, disciplina e centralismo democrático.

Vejam que a diferença entre o socialismo prático com o teórico é gritante. Na teoria, o Socialismo seria um sistema que conduziria o povo para o Comunismo, a ausência total do Estado. Na prática, o Socialismo foi uma vertente de direita do Comunismo, que deu origem à Social-Democracia.

Comunismo:

Como dito acima, o termo foi reutilizado por Marx para diferenciar do Socialismo, entretanto, a questão era apenas para que sua obra não fosse taxada como "apenas outro livro socialista", e sim, informando que ele tinha algo a acrescentar. Tanto é que, conforme passa-se a aceitar a similaridade dos termos, até mesmo Marx os expõe como sendo a mesma coisa, apesar de ele mesmo demonstrar uma diferença.

De modo geral, na teoria, o Comunismo seria a fase final do Socialismo. É o último estágio de desenvolvimento humano.

Algumas das características principais que podemos destacar, são:
- Sem divisão de classes;
- Fim do Estado;
- Igualdade entre os homens;
- Fim da propriedade privada;
- Necessário passar pelo Socialismo;
- Objetivo de internacionalizar;

É interessante observarmos a lógica por trás disso. Marx relata que o Estado existe para manter a condição humana, para que cada grupo mantenha-se em seu papel. Logo, como o comunismo prega a igualdade entre os homens, a divisão de classes acabará. Com isso, o papel do Estado é insignificante, fazendo com que ele deixe de existir. A necessidade de passar pelo Socialismo é a impossibilidade de transformar um sistema totalmente voltado ao privado, para o bem comum, sem algo que possa conduzir essa transformação. Por fim, a internacionalização é o objetivo comum, levar a liberdade a todos os povos.

O Comunismo prático tentou colocar essas ideias em prática, principalmente a internacionalização do movimento. A URSS apoiou as mais diversas revoluções pelo mundo. No período da crise entre-guerras, cogitaram apoiar todas as revoluções que estavam prestes a eclodir. O problema se deu pelo fato de esquecerem das condições específicas de cada país. Logo, as revoluções no entre-guerras não foram adiante.

Com o fracasso das revoluções socialistas/comunistas, ocorreu o crescimento dos movimentos fascistas pelo continente, nosso próximo item.

Fascismo:
Com a crise no momento pós-guerra, o povo europeu passou a voltar os olhos aos regimes totalitaristas, pois, além de serem ricamente influenciados pela burguesia, tinham em seus discursos inimigos, os quais precisavam eliminar, e culpavam tais inimigos pelo problema ao qual os cidadãos estavam passando.

Um ponto a ser destacado, é o que Lima afirma: não existiu apenas um fascismo. Existiram diversos. E aqui eu aproveito para destacar alguns: Nazismo, Guarda de Ferro, União Britânica dos Fascistas, Action Française e Ação Integralista.

O Fascismo era algo fundamentalmente nacional, então, cada povo desenvolveu o seu próprio Fascismo. É por isso, também, que não temos uma "Internacional Fascista", pois um dos pontos fundamentais era justamente o nacionalismo extremista. Outros pontos importantes a serem destacados em tal regime:
- Antiliberalismo;
- Anti-Socialismo;
- Antiparlamentarismo;
- Concepção orgânica de Estado;
- Crítica aos partidos políticos;
- Autoritarismo;
- E, é claro, o já falado nacionalismo extremista.

Ao contrário do que muitos pregam, talvez desprovidos de conhecimento, ou por simples mal-caráter, o fascismo não era contra o capitalismo. Pelo contrário, assumiam que o capitalismo deveria existir, só que com uma ressalva: o Estado precisa gerenciar a economia.

Com a possibilidade de revoluções socialistas/comunistas na Europa, os burgueses apoiaram em massa os regimes fascistas, incluindo o próprio Papa, pois era a ideia conservadora do período que estava em maior destaque.

Por fim, é sempre bom lembrar que não existia o "indivíduo" no regime fascista. Os interesses de cada indivíduo eram os mesmos da pátria. Caso isso não acontecesse, o indivíduo desapareceria da sociedade.

Nazismo:
Como visto acima, o Nazismo foi apenas uma vertente do Fascismo, sendo direcionada para a Alemanha. A diferença se dava mais no contexto em que foi inserido, sendo visto como uma revanche alemã. Além disso, a URSS estava com a intenção de realizar uma revolução na Alemanha, então, para contornar isso, os burgueses, proprietários rurais e oficiais do exército apoiaram massivamente o Nazismo.

Hoje é reconhecido que o apoio empresarial foi o fator fundamental para a vitória Nazista, assim como para sua permanência. Como falar sobre o Nazismo seria, em grande parte, falar do Fascismo, então destacarei os seguintes pontos, como fatores exclusivos deste regime:
- Sentimento de vingança/revanchismo;
- Distinções entre pessoas;
- Antissemitismo.
Irei te responder mediante uma pontuação daquilo que eu achei relativamente mais impactante nesse comentário; infelizmente não poderei responder por completo sua resposta, pois estou cansado e meio sem paciência para ficar cassando ponto por ponto.

1. Socialismo prático x Socialismo teórico:
De fato, ambos são categoricamente distintos - nunca disse que não são - porém o simples fato de haver uma distinção gritante entre o eixo do discurso pregado pelos marxistas, com a ação praticada pelos mesmos em uma revolução ou em regime socialista "prático", já demonstra que tal ideologia é inconsistente e não pode ser lograda na realidade.

2. O Socialismo almeja o Comunismo:
Teoricamente sim, porém é mediante este disparate que os regimes socialistas conseguem se manter no poder e justificar todas as suas atrocidades contra seu povo e o resto do mundo, posto que ao se instituir valores morais fundamentados na ideia de que toda a ação estatal é feita visando um futuro melhor (utópico), o Estado consegue gradativamente assumir uma posição maior na vida de cada indivíduo, até o ponto que este torna-se Totalitário.

3."Ao contrário do que muitos pregam, talvez desprovidos de conhecimento, ou por simples mal-caráter, o fascismo não era contra o capitalismo. Pelo contrário, assumiam que o capitalismo deveria existir, só que com uma ressalva: o Estado precisa gerenciar a economia. ":
Acontece que este gerenciamento da economia pelo Estado, ocasiona em uma estatização dos meios de produção - como diria Marx, que por sua vez elimina a liberdade econômica, ou seja, quebrando o comércio e várias empresas, conseguintemente, causando uma eventual crise no sistema capitalista do país.
 
Status
Não está aberto para novas respostas.

Users who are viewing this thread

Voltar
Topo