Olá,
Confiram a análise sobre Sea of Solitude, que trata sobre depressão e ansiedade.
Diferente do que estamos acostumados a ver por parte da EA (Electronic Arts), Sea of Solitude traz uma proposta diferente nos instigando a lutar contra os 'monstros internos' da protagonista do jogo. Uma forte referência a problemas como depressão e ansiedade, onde o indivíduo sofre para lutar contra seus próprios conflitos internos.
Desenvolvedor: Jo-Mei Games
Projetista: Cornelia Geppert
Gênero: Jogo eletrônico de aventura
Motor: Unity
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows
Logo de cara nós sabemos do que se trata o jogo basicamente por ele não ser nem um pouco sutil. Nossa protagonista é Kay, uma garota com aparência assustadora que se vê em um mundo completamente tomado pela escuridão. É óbvio que se trata de seus próprios conflitos internos, aqueles mesmos que tornam sua vida mais escura e diariamente a atrapalham com tanto sentimento de incapacidade e limitações.
Pelo caminho existem barreiras que nos mostram a culpa que a personagem carrega; encontramos vários obstáculos e problemas da garota que precisamos solucionar e evitar que nos tornemos monstros por completo. Também achamos outras figuras que representam as mágoas, rancores e inseguranças que nunca foram resolvidos e que terão um papel importante na trama.
O jogo não é nem um pouco sutil já que a 'monstruosidade' retratada é, claramente, uma metáfora para aqueles que se deixam dominar pela escuridão, além disso são tomados por uma dor imensa e uma terrível sensação de que nada pode ser feito para ajustar as coisas.
Não há espaço para que os jogadores explorem e busquem nas entrelinhas respostas para o que está acontecendo. O jogo é sempre muito claro até nos diálogos. E isso 'atrapalha' um pouco a Gameplay já que a explicação é dada gratuitamente, onde nesse tipo de jogo, a resposta deveria ser conquistada com esforço e abordando mais o tema de depressão e ansiedade.
O resultado disso foi um jogo que ao mesmo tempo procura nos mostrar como encontrar soluções para esses problemas, nos passou a mensagem de que nem sempre nós podemos nos responsabilizar totalmente pela felicidade ou sofrimento alheio.
Esse é o tipo de jogo que devemos analisar mais pelo lado metafórico e temático do que pela mecânica em si. Caso contrário chegaríamos a conclusão de que Sea of Solitude não passa de um game simplista (e isso está errado).
Basicamente o jogador traça um percurso de exploração e que pelo caminho pode encontrar algumas mensagens em garrafas que enriquecem a trama, além do mais, também nos mostram que outra pessoa já passou por isso e obteve resultados que podem ser diferentes do nosso.
Nada a declarar, apenas a ouvir e sentir:
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''Cold on the Outside''
A sensação já diz por si só apenas ao ouvir a música, eu particularmente fiquei até com medo.
> Embora falte sutileza, os temas são bem tratados;
> Uma arte gráfica linda;
> A coragem de tratar sobre assuntos que nem sempre são abordados de maneira correta.
> Gameplay sem grandes desafios ou obstáculos complicados.
Trama: 9
Músicas: 10
Gameplay: 6
Jogabilidade: 8
Nota geral: 9,0
Então foi isso, até a próxima!
~A moral dessa jogo é que nem sempre podemos lidar com nossos conflitos internos sozinhos, se você sofre com ansiedade ou depressão sempre procure ajuda. É difícil, e lutamos para não sermos dominados por essa escuridão, mas devemos continuar explorando novas possibilidades de se resolver esses problemas e não nos deixar levar. Você não está sozinho nessa.~
Fonte(s):
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